quinta-feira, 22 de setembro de 2011

CPAD - LIÇÃO 13 – A PLENITUDE DO REINO DE DEUS

JOVENS E ADULTOS – CPAD
3º Trimestre 2011
Tema: A Missão Integral da Igreja – Porque o Reino de Deus está entre vós
Comentarista: Wagner Gaby


LIÇÃO 13 – A PLENITUDE DO REINO DE DEUS


Texto Bíblico: 2 Tm 3.14-17; Tt 2.1,7,10.


Texto Áureo: “Porque brotará um rebento do tronco de Jessé, e das suas raízes um renovo frutificará” (Is 11.1 – ARC).


OBJETIVOS DA LIÇÃO
•Compreender que a plenitude do Reino é a nossa bendita esperança.
•Saber que o Reino de Deus é uma sublime realidade.
•Conscientizar-se de que a efetivação do Reino se dará com a segunda vinda de Cristo.


INTRODUÇÃO
Na consumação de todas as coisas, Deus estabelecerá plenamente o seu Reino, onde estarão os salvos eternamente.

I. A PLENITUDE DO REINO
Nesta última lição do trimestre estudaremos sobre a plenitude do Reino de Deus na terra, que é uma esperança da Igreja. Embora Deus exerça o Seu poder e Sua soberania sobre tudo e sobre todos, podemos dizer que Seu reino aqui na terra ainda não está ocorrendo de maneira plena, pois, por causa do pecado e, principalmente, do livre arbítrio humano, nem todos se submetem ao seu senhorio. No entanto, no futuro, por ocasião da implantação do Reino Milenial, bem como no estado eterno e perfeito, após o Juízo Final, o Reino de Deus será universal e pleno.

Não há como negar que o pecado trouxe diversos prejuízos ao homem, principalmente o seu distanciamento do Criador. Quando Deus criou todas as coisas, viu tudo quanto tinha feito, e viu que era muito bom (Gn 1.31). Porém, a partir do capítulo três de Gênesis, quando o homem desobedeceu a Deus comendo do fruto que Ele havia proibido, a humanidade tornou-se destituída da glória de Deus (Rm 3.23). Mas Deus fez uma promessa afirmando que da semente da mulher, nasceria um que esmagaria a cabeça da serpente (Gn 3.15). Assim, no Antigo Testamento, os israelitas aguardavam a bendita promessa da Vinda do Messias, também chamado Cristo (Mq 5.2; Mt 2.4-6; Jo 4.25). Ao vir a este mundo, o Senhor Jesus pregou a mensagem de um Reino presente (Mt 4.17,23; 6.33; 7.21; 13.43-47; Lc 17.21), mas também falou acerca da esperança de um Reino futuro (Mt 8.11; 19.14,23,24; 25.34; 26.29; Mc 10.14; Lc 14.15; Jo 3.3,5), onde o pecado e a morte serão aniquilados (I Co 15.55,56) e os salvos desfrutarão da plenitude do Reino.


II. BÊNÇÃOS RESERVADAS PARA OS SALVOS NA PLENITUDE DO REINO
Seria impossível descrever todas as bênçãos futuras nesse Reino. Enumeramos apenas algumas:
1.Os que dormiram em Cristo, ressuscitarão (I Co 15.52); 2.6 Estaremos para sempre com o Senhor (I Ts 4.17);
2.Os salvos serão arrebatados (I Co 15.52; I Ts 4.13-18); 2.7. Habitaremos na Nova Jerusalém (Ap 21.2);02/07/11
3.Seremos semelhantes a Cristo (I Jo 3.1,2) 2.8. Haverá um novo céu e uma nova terra (Ap 21.1);
4.Teremos um corpo incorruptível (I Co 15.53); 2.9. Não haverá morte, nem pranto, nem dor (Ap 21.4);
5.Seremos galardoados por Cristo (Rm 14.10; 2 Co 5.10); 2.10. Estaremos livres de todo pecado (Ap 21.27; 22.15).


III. EVENTOS QUE OCORRERÃO NA PLENITUDE DO REINO
A plenitude do Reino de Deus dar-se-á após o rapto da igreja, por ocasião da primeira Fase da Segunda Vinda de Cristo. Vejamos, então, um breve resumo dos eventos escatológicos:

1.O Arrebatamento. A palavra “arrebatar” quer dizer “raptar”, “levar com ímpeto”, “arrancar”, “resgatar”, “tirar”. Para os crentes, significa o momento glorioso em que Jesus, levará a Sua Igreja para junto de Si. O arrebatamento dar-se-á "num abrir e fechar de olhos" (I Co 15.51,52), em dia e hora que não sabemos (Mt 24.44).

2.O Tribunal de Cristo. Ocorrerá nas regiões celestiais, por ocasião do arrebatamento, onde os salvos estarão presentes para a prestação de contas de suas obras, bem como para recebimento dos galardões (Rm 14.10; 2 Co 5.10).

3.As Bodas do Cordeiro. A expressão "Bodas do Cordeiro" define o encontro da noiva (a Igreja) com o seu noivo (Jesus), agora unidos para sempre. Será a celebração desse casamento, uma festa de grande alegria e glória (Ap 19.7).

4.A Grande Tribulação. Será o período de maior angústia da história da humanidade (Mt 24.22). Este período é denominado na Bíblia como o Dia do Senhor (Sf 1.14); o Dia de Angústia de Jacó (Jr 30.7), e Ira do Cordeiro (Ap 6.15-17). A Grande Tribulação terá início após o arrebatamento da Igreja. Logo, a Igreja de Cristo não estará na terra nesteperíodo (1 Ts 1.10; 5.9; Lc 21.35,36).

5.A Vinda de Jesus em Glória. Sete anos após o arrebatamento, o Senhor Jesus voltará visivelmente, na Segunda Fase da Sua Vinda (At 1.11; Mt 24.30) para ressuscitar os mártires da Grande Tribulação (Ap 13.15; 20.4); julgar as nações (Mt 25.31); prender Satanás (20.1,2) e implantar o Reino Milenial aqui na terra (Ap 20.3).

6.O Julgamento das Nações. O propósito deste julgamento será determinar quais as nações que terão parte no Milênio. Conforme Mt 25. 31-46, haverá três classes de nações nesse juízo: as nações ovelhas, que apoiarem a Israel; as nações bodes, são aquelas que perseguirem a Israel e adorarem ao Anticristo; e os irmãos, que são os israelitas (Mt 25.32,40). A base desse juízo é a maneria como essas nações tratarem a Israel no período da Grande Tribulação. As nações “bodes” serão lançadas no inferno (Mt 25.41,46). E, as nações “ovelhas” e os “irmãos” ingressarão no Milênio (Mt 25.34).

7.O Reino Milenial. O milênio é o maravilhoso reinado de Cristo na terra por mil anos (Ap 20.1-6). Jesus reinará sobre todas as nações. Seu reino será literal e universal, pois, todos os reinos do mundo estarão sob o senhorio de Cristo. Israel será uma bênção para o mundo (Is 26.7). Jerusalém será a sede do governo mundial (Is 2.3; 60.3; 66.2; Je 3.17).De Jerusalém sairão, tanto as diretrizes religiosas como as leis civis para o mundo. Neste período, a vida humana será prolongada como no princípio da história humana (Is 65.20,22; Zc 8.4). Haverá abundância de saúde para todos. Haverá muita fertilidade no gênero humano. Em Zc 8.5 diz que as praças da cidade se encherão de meninos e meninas, que nelas brincarão. Os óbitos serão reduzidos (Is 65.20). Haverá também mudanças no reino animal, e até a ferocidade deles será removida e eles não mais se atacarão ao homem e nem uns aos outros (Is 11.6-8; 65.25).

Durante o Milênio toda e qualquer oposição a Deus será neutralizada por Cristo (1 Co 15.24-26). Ele preparará a Terra para o estabelecimento do Reino Eterno de Cristo sob Deus, conforme a palavra divina em Lucas 1.32,33. A Forma de Governo, no milênio, será teocrática, isto é, Cristo reinará diretamente, através de seus representantes. A profecia inicial disto está em Gênesis 49.10. Outras referencias são Isaias 1.26 e Daniel 7.27. No Milênio, todos os reinos do mundo estarão sob o senhorio de Cristo. Cumprir-se-á em sua plenitude Filipenses 2.10,11: “Para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai”. Nesse Dia conheceremos a letra e a música da “Canção dos Reis da Terra”, cujo relato e tema estão no Salmo 138.4,5. Todos os reis e chefes de estado, sem exceção, cantarão essa canção. O Salmo 72.8-19 descreve com mais detalhes as glórias desse reino universal e teocrático de Cristo.
Com o estabelecimento do Milênio findará aqui na Terra toda e qualquer supremacia e predominância de nações, com exceção de Israel: “O Senhor será rei sobre a Terra; naquele dia um só será o Senhor, e um só será o seu nome” (Zc 14.9).

A Igreja integrará a administração de Cristo (1 Co 6.2; Ap 2.26,27), todavia o Milênio será um reino proeminentemente judaico. Jesus reinará sobre Israel através de seus apóstolos, conforme sua promessa feita em Mateus 19.28, e reinará sobre os gentios certamente através da Igreja.. As passagens de Ezequiel 34.23,24; 37.24-25; Jeremias 30:9; Oséias 3:5 indicando que Davi reinará, certamente, apontam para o grande Filho de Davi, como é chamado nos evangelhos o Senhor Jesus (ver Isaias 16.5 e Lucas 1.32,33).


8.O Juízo Final. Nesta ocasião, ressuscitarão os ímpios falecidos de todas as épocas, bem como os justos que morrerem no Milênio (Mt 10.28; Ap 20.11-15). Os livros do céu serão abertos e os mortos serão julgados pelo que está escrito nos livros (Ap 20.11,12). Será decidido, então, o destino final dos homens: salvação ou condenação eterna.

9.O Estado Eterno. Tem início, então, a eternidade. A Santa cidade de Jerusalém celestial descerá do céu (Ap 21.2,10). A igreja, em estado de glória e felicidade eterna estará para sempre com o Senhor Jesus por toda a eternidade (Ap 21.3) e não haverá mais pranto, nem morte e nem dor (Ap 21.3-5).




CONCLUSÃO
Após o arrebatamento da Igreja, terá início uma série de eventos, onde os salvos desfrutarão não só da plenitude do Reino de Deus, mas também, de muitas outras bênçãos espirituais. O Reino de Deus vem à humanidade como dádiva a quem não pode, não merece ter – vem agora – e virá “porque grande é o vosso galardão no céu” Mt 5.1; Lc 6.23).

Para ter acesso à esse privilégio eterno, a igreja deve cumprir a missão integral: a missão cultural e a grande comissão. Para tanto é importantíssimo nos propormos a agirmos o mais depressa possível, com:
1. Uma pregação fiel da Palavra de Deus, sem experiencialismos subjetivos;
2. Uma ênfase maior na vida piedosa responsável;
3. A redescoberta e o exercício fiel dos dons espirituais;
4. A busca por uma vida controlada pelo Espírito Santo (em todas as áreas);
5. Uma maior abertura para a discussão das questões sociais que afligem a sociedade.

Superadas essas barreiras, ou menos iniciados esses passos, a Igreja estará pronta para um envolvimento social responsável. Seus membros poderão envolver-se em serviços sociais produtivos e também estarão aptos para uma Ação Social responsável, através de uma influência positiva nas estruturas, capaz de transformá-las em instituições mais justas. Isso vai desde a participação em conselhos escolares, associações de bairro, conselhos consultivos, programas sociais voluntários, até uma participação política efetiva e responsável. Assim a Igreja será verdadeiramente Sal e Luz neste mundo. Haverá o resgate de milhares de vidas para o reino de Deus. E estaremos prontos para estar eternamente com o SENHOR.


FONTES CONSULTADAS
•Revista Ensinador Cristão – Ano 12 – Nº 47 - 2011 – CPAD
•Dicionário VINE – Editora CPAD – 3ª Edição/2003
•Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa – Editora Objetiva – 3º Edição – Rio de Janeiro, 2009.
•Léxico de Strong – Bíblia Online – Sociedade Bíblica do Brasil
•Enciclopédia Histórico-Teológica da Igreja Cristã – Editora Vida Nova – Edição 2009
•Richards, Lawrence O. – Guia do Leitor da Bíblia – Editora CPAD
•Comentário Bíblico Popular do Novo Testamento – William Macdonald.
•Bíblia Shedd – Editora Mundo Cristão – 2ª Edição
•Bíblia de Jerusalém – Editora Paulus – Nova Edição revista e ampliada - 2002
•Bíblia de Estudo Plenitude – SBB/1995 – Barueri/SP
•Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal – editora CPAD – Edição 2004
•Bíblia de Estudo Pentecostal – Editora CPAD – Edição 2002
•Richards, Lawrence O. – Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento – Editora CPAD
•Grudem, Wayne – Teologia Sistemática Atual e Exaustiva – Editora Vida Nova – Edição 1999
•Kloppenburg, Carlos José – Basiléia, o Reino de Deus – Editora Loyola – São Paulo/SP – 1997.
•SHELLEY, Bruce L. - A Igreja: O Povo de Deus - Edições Vida Nova.



Colaboração para EBDnet – Profª Jaciara da Silva – jaciara.dasilva@ebdnet.com.br www.ebdnet.com.br

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