quarta-feira, 31 de agosto de 2011

CPAD - LIÇÃO 10 - A ATUAÇÃO SOCIAL DA IGREJA


JOVENS E ADULTOS – CPAD
3º Trimestre 2011
Tema: A Missão Integral da Igreja – Porque o Reino de Deus está entre vós
Comentarista: Wagner Gaby


LIÇÃO 10 - A ATUAÇÃO SOCIAL DA IGREJA


Texto Bíblico: Isaías 58.6-8,10,11; Tiago 2.14-17.


Texto Áureo:
[...] Vinde, benditos de meu Pai [...] porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me; estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e fostes ver-me” (Mt 25.34-36 - ARC).


OBJETIVOS DA LIÇÃO
• Saber que a pobreza é uma realidade sempre presente no mundo.
• Compreender que o socorro aos pobres é uma recomendação bíblica.
• Conscientizar-se de que a ação social é uma responsabilidade da igreja.


INTRODUÇÃO
Desde o seu inicio as Escrituras apontam uma única realidade, Deus age e sempre agiu em prol do social. O Antigo Testamento está repleto de atos salvífícos do SENHOR em meio ao seu povo. O objetivo não era apenas a fé e o culto, mas agir em favor do necessitado, auxiliando o povo em meio as mais adversas situações e dificuldades a conquistar moradia, um lugar para plantar e criar os filhos com dignidade.


I. POBREZA: UMA REALIDADE SEMPRE PRESENTE
Por que a Igreja precisa se envolver com ação social? Essa pergunta já deveria estar ultrapassada no cotidiano missionário das igrejas locais, mas de tempos em tempos ela surge com maior ou menor força. É muito difícil encontrar um pastor ou um crente fiel que considere a ação social algo desnecessário ou não essencial na missão da Igreja. De fato, o que incomoda mais e causa muitos preconceitos são algumas questões teológicas e ideológicas que precisam ser melhor entendidas e, em alguns casos, superadas.

A palavra hebraica para pobreza é dallâ, que denota os pobres de níveis mais baixos em Israel, os quais os babilônicos deixaram ficar (2 Re 24.14), são as classes que sofre com a privação de bens materiais, alimentos e consequentemente grande flagelo físico. São pessoas que são contrastadas com os ricos (Ex 30.15; Rt 3.10) e os grandes (Lv 19.5). Deus sempre ordenou que fosse dado a estes proteção (Ex 23.3; Lv 14.21; Is 10.2, e promete fazer-lhes justiça (is 11.4).
A ordem divina não mudou, ELE requer que sua Igreja cumpra a ação social.


II. QUESTÕES SOCIAIS NO ANTIGO TESTAMENTO
No Antigo Testamento, uma das funções dos profetas era a denúncia contra a nação quando os necessitados eram negligenciados, pois esse tipo de injustiça feria a santidade de Deus (Jr 34.8-11,16,17). A injustiça social, o suborno que torcia a justiça para exercer poder contra os pobres, a exploração dos comerciantes sem escrúpulos, o desprezo aos menos favorecidos (órfãos e viúvas), a exploração dos latifundiários, uma vida luxuosa contrastando ostensivamente com a miséria dos indigentes, tudo era alvo da crítica profética (Is 1.17,23; 3.14-15,18-23; 58.5-10. Mq 2.1; 6.8-11; 7.3. Am 2.6-7; 4.1;5.12-15; 8.4-6).

II. 1. Os ricos e os pobres em Israel
No Antigo Testamento, a riqueza estava concentrada nas mãos dos reis e de suas cortes. Assim, quanto maior luxo havia na corte, maior era a carga de tributos sobre os súditos do rei para financiá-lo. Até mesmo os reinados de Davi e Salomão foram de profundo crescimento da pobreza em função da manutenção do exército e do palácio real, tornando a classe pobre oprimida e injustiçada, especialmente a dos povos dominados. Além disso, os ricos exploravam os pobres tomando suas propriedades em troca de pequenas dívidas, para aumentar suas posses, e os donos primitivos das terras eram vendidos como escravos ou aprisionados por tempo indeterminado.


II. 2. A escravidão em Israel
A escravidão fazia parte do cenário contemporâneo, mas a legislação mosaica modificou seus rigores e tomou providencias para seu fim em condições generosas.
Depois de servir por seis anos (Dt 15.12), o escravo receberia alforria no sétimo. De acordo com o versículo 14, com os presentes do rebanho, da eira e do lagar do seu senhor, o escravo liberto começaria a vida com o suficiente para ter independência. Este ato humanitário reconhecia que cada pessoa foi criada por Deus e tinha valor e dignidade. Há três motivos para o senhor do escravo fazer assim: primeiro, porque ele próprio é tratado generosamente pelo SENHOR (Dt 15.14); segundo, ele, ou seus antepassados, foram escravos no Egito e o Senhor os resgatou (Dt 15.15); e terceiro, tendo o ex-escravo como membro permanente da casa, ele recebeu duas vezes o benefício de um jornaleiro (Dt 15:18; “trabalhador contratado”, NVI), que trabalhava somente em horários ajustados.

Hoje não possuímos escravos, mas as instruções do Senhor ainda se aplicam a nós. Precisamos tratar nossos empregados com respeito e justiça econômica. Os empregadores que, realmente, são servos de Deus devem assalariar seus empregados de acordo com a reta justiça, não se contentando em cumprir a lei, mas em ser justo, o que é coisa bem diversa, mormente quando sabemos que, nos últimos tempos, a exploração dos trabalhadores tem aumentado cada vez mais e as implicações da economia e da política têm impedido que o salário mínimo, por exemplo, seja o que deveria ser, nos termos da legislação.
É profundamente lamentável que, nos nossos dias, poucos, muito poucos têm se comportado desta maneira entre os empresários que se dizem cristãos. Para eles, a lei da concorrência, as regras do mercado, este novo “deus” que tem guiado os patrões, estejam acima do que ensina a Palavra de Deus. No entanto, não devemos agradar aos homens nem nos conformarmos com o sistema do mundo pecaminoso, mas, sim, obedecermos à Palavra do Senhor. Deus é o dono do ouro e da prata, não o mercado. Deus tem o controle de todas as coisas, não o mercado. Assim, patrões crentes, obedeçam a Deus e não ao mercado. Sejam justos!

II. 3. Modelos Bíblicos para socorro aos pobres, no Antigo Testamento:
a) O ano do jubileu (Lv 25.10-17).
Quando os israelitas estavam para entrar na Terra Prometida, Deus ordenou-lhes que ajudassem os pobres que viessem a conviver com eles (Dt 15.11). Esta era uma importante ação a ser observada no momento da posse da terra. Significava que ao fim de cada período de 50 anos a terra voltava aos donos originais sem qualquer pagamento. Ocorria que algumas pessoas, por circunstâncias variadas (doenças, morte da pessoa que sustentava a família, endividamento ou até pela falta de capacidade – física ou administrativa), eram obrigadas a vender sua terra.

A terra, portanto, não podia ser vendida definitivamente (Lv 25.23), pelo fato de Deus ser o proprietário absoluto de toda terra. No período anterior e posterior ao Jubileu a terra podia ser vendida ou comprada, porém, o que era comprado ou vendido, era o direito de usufruto e não a terra em si (Lv 25.16). A pessoa assim, adquiria o direito de plantar e colher consciente de que no jubileu toda terra adquirida voltava, gratuitamente, aos donos originais ou seus descendentes.

b) O Ano Sabático (Ex 23.10,11; Lv 25.1-7)
Tinha dupla função: humanitária e ecológica. Ao final de cada período de 6 anos o proprietário deveria deixar a terra em repouso. O que estivesse plantado deveria ser deixado e os frutos não deveriam ser colhidos pelo dono. Eram deixados para que os pobres da terra tivessem como se alimentar. Também, no ano sabático eram libertos todos os escravos. As situações de pobreza provocavam endividamentos e isto forçava muitos hebreus a se venderem ou a seus filhos como escravos (cf. Ne 5). No ano sabático todos deveriam ser libertos (Dt 15.12-18). É muito interessante notar que os escravos libertos não deveriam ser despedidos de mãos vazias (cf. Dt 15.13,14). Além disso, no ano sabático todas as dívidas deveriam ser canceladas (Dt 15.1-6).
Não era permitido a um hebreu escravizar outro hebreu nem tratá-lo com tirania (Lv 25.39,40,43), Mesmo assim, há registros de tal ocorrência no livro de Neemias (cap. 5).

c) O Dízimo Trienal (Dt 14.28,29)
De em 3 em 3 anos o povo deveria tirar o dízimo de tudo quanto havia produzido em sua terra e colocá-lo à porta para que os levitas, os estrangeiros, o órfão e a viúva se alimentassem.

d) A Lei da Rebusca (Lv 19.9,10)
Obedecendo a essa lei, na época da colheita o agricultor não deveria colher todo o seu fruto, mas deveria deixar algum “para o pobre e para o estrangeiro” (cf. Rt 2.2,3,7). Pode-se ver aqui que, apesar de ser um direito dos pobres, dependia da boa vontade dos proprietários. Todas essas recomendações demonstram o cuidado de Deus para proteger os mais pobres ou, mesmo evitar que as pessoas chegassem a situações de necessidades extremas. Assim também, o povo de Deus hoje precisa encaminhar projetos que amenize o sofrimento das pessoas mais carentes.



III. A AÇÃO SOCIAL NO NOVO TESTAMENTO
Os estudiosos da doutrina social bíblica tem chamado essa injustiça inerente a toda sociedade de “pecado social”. O “pecado social” é uma realidade presente e deve ser combatido pela Igreja, como qualquer outro pecado, mas não devemos nos iludir: o “pecado social” só é combatido pela pregação do Evangelho. O “pecado social” somente poderá ser extirpado quando os homens pecadores forem regenerados, quando nascerem da água e do Espírito. Por isso, a salvação individual de cada pessoa continua a ser a única forma pela qual a Igreja pode combater o “pecado social”, que, como sabemos, somente será dissipado quando o próprio Jesus reinar sobre a Terra, quando, então, “a misericórdia e a verdade se encontrarão; a justiça e a paz se beijarão” (Sl 85.10). Todavia, o fato de que o “pecado social” só será extirpado quando do reino milenial de Cristo, não impede nem dispensa a Igreja de lutar para que haja melhorias na vida em sociedade, para que a injustiça e as desigualdades sociais sejam diminuídas. Jesus dá-nos o exemplo, pois, embora confirmasse que os pobres sempre existiriam (Mt 26.11; Jo 12.8), nem por isso deixava de ter uma bolsa para ajudar os pobres (Jo 12.5,6).

Muitos pensam que se a pessoa não for rica, se a pessoa não tiver abundância de bens materiais, não estará demonstrando que tem comunhão com Deus, nem tampouco que seja verdadeiro filho de Deus. No entanto, não é isso que a Bíblia está a dizer em todo o seu conteúdo. Deus pode, sim, abençoar com bênçãos materiais, mas isto não é um critério para demonstração de comunhão com Deus, nem de superioridade espiritual. Não há qualquer garantia de prosperidade material para os servos de Deus. Deus promete é um galardão nos céus, não na terra (Mt 6.19-21). Como bem afirmou Jesus, “a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que possui” (Lc 12.15). Não se está aqui afirmando que o cristão não deve procurar uma melhoria de vida, um melhor emprego, capacitar-se para obter melhores posições, mas, afirmando que não devemos colocar como alvos únicos e exclusivos de nossas vidas uma prosperidade material (Pv 27.24). Nunca nos esqueçamos que, se cremos em Cristo só para esta vida, seremos os mais miseráveis de todos os homens! (1 Co 15.19).
Como agência do Reino de Deus na terra, a Igreja do Senhor (e isso significa cada cristão, inclusive eu e você) possui uma responsabilidade social. O cristão vive tanto na igreja quanto no seu mundo e tem responsabilidades para com ambos. A tendência geral da igreja tem sido a de “eclesiastizar” seus membros, tornando-os meros cumpridores de programas ou freqüentadores de reuniões. Em geral, nossa evangelização visa “tirar o homem do mundo”, mas nos esquecemos que devemos devolvê-lo à sociedade, transformado, com novas convicções e novos padrões. Este é o pensamento que transparece em toda a carta de Paulo aos Efésios, onde o apóstolo mostra aos seus leitores que a nova vida que eles receberam em Cristo (caps. 1 a 3) os obriga a uma nova conduta perante a sociedade (caps. 4 a 6). Isto significa que a Igreja deve repensar sua atuação na sociedade, como instrumento de transformação da realidade social que a cerca.

O trato deste assunto, tem levado os crentes a se dividirem em três grupos:
1) Os que pregam um evangelho espiritualizante, sem se preocupar nem se envolver com questões sociais, acreditando que o ato simplista de “aceitar Jesus” resolverá todos os problemas do indivíduo;
2) Os que pregam um evangelho social, que se preocupa com os problemas materiais e omite a necessidade de uma conversão verdadeira, que transforme a natureza do homem;
3) Os que entendem que o evangelho modifica o homem em sua natureza, através da verdadeira conversão, para que este possa influenciar positivamente o seu mundo.
É precisamente neste terceiro grupo que queremos nos posicionar. Desejamos ser igreja que fale à alma sem se esquecer do corpo, e que cuide dos problemas sociais que afligem o homem sem perder de vista a grave realidade espiritual que o escraviza.


Bruce L. Shelley, em seu livro “A Igreja: O Povo de Deus” estabelece uma distinção entre Preocupação Social, Serviço Social e Ação Social, que considero importante para nortear nosso estudo acerca deste assunto. Vejamos como ele define cada um desses termos:
o “A PREOCUPAÇÃO SOCIAL é uma atitude. É a percepção por parte do Cristão de que a salvação é dirigida ao homem inteiro. Trata-se do reconhecimento da aplicação do evangelho aos ferimentos e fomes do homem, assim como à sua culpa”
o “O SERVIÇO SOCIAL refere-se a todos os serviços que as igrejas ou os cristãos prestam a fim de assistir as vítimas de problemas sociais...”
o “A AÇÃO SOCIAL é mais ampla. Seu alvo é corrigir as estruturas e processos sociais e políticos de uma sociedade que provocam os problemas...”

A grande maioria das igrejas, e crentes individualmente, demonstra “preocupação social” através da oração pelos problemas sociais que afligem o mundo. Esta preocupação é legítima e incentivada na Bíblia (I Tm 2.1-3). Bem menor, porém, é o número de igrejas e crentes que desenvolvem algum tipo de “serviço social”. Este serviço também é incentivado e acha apoio na Palavra, principalmente no exemplo dos primeiros cristãos (At 9.36; I Cor 16.1-3). O maior problema hoje, entretanto, está na “ação social”. É muito raro ver igrejas ou crentes verdadeiramente envolvidos em ação social. Em geral a igreja se omite e mesmo desencoraja seus membros acerca de envolvimentos em causas políticas que visem modificar ou mesmo derrubar estruturas injustas. No entanto, esta atitude também está presente na Palavra. Muitos servos do Senhor no passado estiveram envolvidos em ação social, confrontando governantes ou mesmo se rebelando contra governos injustos (Exemplos: Joiada, o sacerdote, que fez aliança com os capitães, para derrubarem a usurpadora Atalia, a fim de estabelecerem Joás como rei de Judá – II Crônicas 23; Daniel, em Babilônia; Neemias, em Judá; José, no Egito; entre outros).

Como igreja do Senhor, somos chamados não apenas a desenvolver uma preocupação social e para prestar serviços sociais, mas também para uma ação social efetiva. Este, porém não é um caminho fácil. Muitos são os fatores que impedem um maior envolvimento da igreja com as questões sociais, e vão desde a falta de compromisso dos crentes até a falta de conversão verdadeira. Porém, dois fatores merecem destaque: o fanatismo religioso e a religião secularizada.

O Fanatismo Religioso - O homem religioso á aquele que aprendeu a valorizar os significados espirituais que possui dentro de si. Porém, quando esses significados passam a tomar sentido tão elevado, ao ponto de fazê-lo se esquecer ou ignorar as outras áreas de sua vida, surge então o Fanatismo. A isso também chamamos de ALIENAÇÃO SOCIAL. Vejamos o caminho que a mente religiosa percorre até se tornar alienada:

1. Ocupação demasiada com atividades que não possuem relação com a vida humana (quando a igreja perde seu tempo e investe esforços em ativismo vazio e improdutivo).
2. O uso da religião como instrumento “mágico” de proteção contra os problemas da vida comum (“Se você for um cristão comprometido e assíduo, nenhum mal vai lhe atingir!”).
3. A hipervalorização das experiências religiosas acima dos demais valores da vida humana (Os pais que obrigam os filhos a freqüentar a igreja, mas nunca dialogam com eles). A alienação social é ainda motivada por dois fatores:
1º) Medo de castigos espirituais caso não sigam todas a orientações da igreja (ou particularmente do seu líder espiritual);
2º) Fascinação descontrolada pelas coisas espirituais, que impede a pessoa de enxergar outras áreas da vida.

Uma igreja alienada nunca desenvolverá uma mentalidade social, pois sua religião se resume a experiências espirituais vazias (Tg 1:26,27; 2.14-17)


A Religiosidade Secularizada - Chamamos de secularização o processo pelo qual a religião tem perdido sua influência em determinados setores da sociedade e da cultura. É a religião em declínio por não exercer influência na vida comum. Essa falta de influência da religião sobre a vida comum gera uma perda de credibilidade da própria religião perante a sociedade que por sua vez leva àquilo que chamamos de crise de pausibilidade, ou seja, a mensagem da igreja deixa de ser algo plausível, concreto, motivador de transformações, e passa a ser algo vazio e completamente dispensável. O maior fator gerador dessa crise de plausibilidade é a restrição do campo de atuação da igreja. Ou seja, quando a igreja se esquece de seu compromisso com a sociedade e seus problemas e passa a atuar apenas no campo individual/familiar (por exemplo: toda a atividade da igreja se resume a visitinhas sociais e reuniõezinhas familiares; o pastor passa a ser um “servidor” das famílias, solicitado constantemente para resolver probleminhas domésticos; etc.).

O grande problema neste ponto é que esses valores “privados” são considerados irrelevantes em contextos institucionais diferentes dos da família (Por exemplo: que relevância tem uma briguinha entre irmãos adolescentes diante de problemas como o abandono de menores, a prostituição infantil e o crescente consumo de drogas entre crianças e adolescentes nas escolas?). Jesus não perdia tempo com probleminhas particulares, porque sua missão era muito mais ampla e urgente (confira: Lucas 12:13-15). Uma igreja secularizada, cujos membros só se preocupam com seus próprios problemas, nunca desenvolverá uma mentalidade social responsável.



CONCLUSÃO
Para desenvolver uma mentalidade social responsável a igreja terá que, primeiramente, evitar tanto o fanatismo quanto a secularização. Isso significa que deve manter a sua santidade sem se tornar socialmente alienada. Evidente que isso não é uma tarefa fácil, porém é possível! Sugerimos algumas atitudes:

1. Uma pregação fiel da Palavra de Deus, sem experiencialismos subjetivos;
2. Uma ênfase maior na vida piedosa responsável;
3. A redescoberta e o exercício fiel dos dons espirituais;
4. A busca por uma vida controlada pelo Espírito Santo (em todas as áreas);
5. Uma maior abertura para a discussão das questões sociais que afligem a sociedade.

Superadas essas barreiras, ou menos iniciados esses passos, a Igreja estará pronta para um envolvimento social responsável. Seus membros poderão envolver-se em serviços sociais produtivos e também estarão aptos para uma Ação Social responsável, através de uma influência positiva nas estruturas, capaz de transformá-las em instituições mais justas. Isso vai desde a participação em conselhos escolares, associações de bairro, conselhos consultivos, programas sociais voluntários, até uma participação política efetiva e responsável. Assim a Igreja será verdadeiramente Sal e Luz neste mundo.


FONTES CONSULTADAS• Revista Ensinador Cristão – Ano 12 – Nº 47 - 2011 – CPAD
• Dicionário VINE – Editora CPAD – 3ª Edição/2003
• Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa – Editora Objetiva – 3º Edição – Rio de Janeiro, 2009.
• Léxico de Strong – Bíblia Online – Sociedade Bíblica do Brasil
• Enciclopédia Histórico-Teológica da Igreja Cristã – Editora Vida Nova – Edição 2009
• Richards, Lawrence O. – Guia do Leitor da Bíblia – Editora CPAD
• Comentário Bíblico Popular do Novo Testamento – William Macdonald.
• Richards, Lawrence O. – Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento – Editora CPAD
• Grudem, Wayne – Teologia Sistemática Atual e Exaustiva – Editora Vida Nova – Edição 1999
• Kloppenburg, Carlos José – Basiléia, o Reino de Deus – Editora Loyola – São Paulo/SP – 1997.
• Responsabilidade Social no Antigo Testamento - Pr.Marcos A M Bittencourt
• SHELLEY, Bruce L. - A Igreja: O Povo de Deus - Edições Vida Nova.



Colaboração para EBDnet – Profª Jaciara da Silva – jaciara.dasilva@ebdnet.com.br www.ebdnet.com.br

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